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Capítulo 6, página 8 — Momentos de tensão

  • Foto do escritor: Bodokan
    Bodokan
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

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Eis aqui, o tão esperado 8 de junho de 2025, um domingo que começou frio e de chuva se tornou um dia de sol, suor e expectativas nos tatames da fase estadual dos Jogos Escolares de Judô em Recife.

Os ventos mais uma vez sussurravam:

“Hoje se luta por honra, por nosso Sertão; por Bodocó e por Ipubi!”

Dez jovens samurais bodocoenses atravessaram trilhas e treinos para chegar até ali, campeões municipais, campeões regionais... e agora, frente a frente com os melhores do estado. O desafio era duro, mas o espírito? Inabalável.

Miguel César, não se abalou com a derrota da primeira luta e com um ippon certeiro, abriu caminho até a batalha pelo bronze... Não veio medalha, mas veio respeito.

Arícia, na sua primeira batalha, enfrentou o frio na barriga e uma adversária implacável. Lutou bem, caiu melhor ainda e saiu ilesa: missão cumprida.

Jadna, em um confronto com uma faixa marrom, mostrou que coragem não se mede por cor de faixa. Lutou até o fim e voltou inteira, com o olhar de quem aprendeu mais do que perdeu.

Rayalla, nossa tempestade silenciosa favorita, também venceu uma. Na disputa pelo bronze, não deu, mas saiu de cabeça erguida e joelho intacto, o que já é vitória.

Aghata, serena e decidida, conquistou o bronze com sua imobilização mortal: calma de monja, firmeza de guerreira. Mesmo com pedidos de socorro...

Pedro Henrique, em sua estreia estadual, perdeu a luta, mas ganhou confiança. Atitude de veterano, coração de leão.

Tiago, jogado de cara contra um faixa marrom logo de primeira, não recuou. Lutou como se estivesse há anos na estrada. Lorenzo, entre vitórias e derrotas, mostrou que talento se lapida com tempo. Saiu sem medalha, mas com mais força do que entrou.

Edenilson, em um combate digno de mangá, enfrentou um adversário experiente, resistiu a uma chave de braço e saiu com honra, mesmo sem a vitória.

E Pedro Anderson? Ah, esse foi quase uma obra de arte, daquelas que deixam crítico espumando. Na primeira luta, um ippon seco, por queda. Na segunda, uma finalização impecável que levantou a arquibancada da federação… mas não pra aplaudir: pediram falta, pediram ponto, pediram VAR... Não adiantou. Vitória incontestável. Na final, a medalha de ouro escapou, mas ficou claro que ali tem mais do que prata: tem a garra e a coragem de um guerreiro.

Saldo do dia? NENHUMA lesão.

E isso, no final das contas, é a maior vitória!

Com eles, estavam Sensei Aryanny e Senpai Gabriel, orquestrando fora das quatro linhas com o carinho e a firmeza de quem guia uma tropa. E na beira do tatame, professora Edla, com olhos atentos e alma de uma sensei, cuidando de cada detalhe.

E pela primeira vez, Ipubi se uniu a essa jornada. Nove guerreiros e guerreiras sob os cuidados do Sensei Renê:

Sara, Luiza, Ingrid, Livia Mariana, Isadora, Kauã, Pedro Rafael, Tiago Vital e João Felipe.

Livia Mariana trouxe o bronze com bravura, e Luiza, com duas vitórias incríveis por finalização, só foi parada na final por detalhes; e olhe que nem uma faixa marrom conseguiu jogá-la no chão. Isso se chama respeito.

Parabéns a todos os atletas de Ipubi. Que seja o primeiro de muitos capítulos ao nosso lado nessa saga.

E o livro?

Continua aberto.

A caneta tá na mão.

E o próximo ippon pode vir de qualquer um.

 
 
 

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