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Capítulo 4, página 23 — A Travessia de Exu

  • Foto do escritor: Bodokan
    Bodokan
  • 28 de out.
  • 2 min de leitura
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Chegou 23 de abril, e os ventos que descem da serra sopraram firme sobre Exu. Era dia de fase regional dos Jogos Escolares de Judô; e os guerreiros de Bodocó estavam prontos.

Subiram ao tatame não só pela medalha, mas pelo direito de sonhar mais alto: a vaga para o estadual, em Recife.

Na categoria 12 a 14 anos, Miguel César travou uma batalha das boas. Foram três lutas contra o mesmo adversário. Venceu a primeira com firmeza, caiu na segunda, mas voltou mais forte na última e saiu com a vitória e o ouro no peito.

Na categoria 14 a 16 anos, Jadna mostrou sangue frio. Perdeu a primeira, mas reagiu como só os bravos fazem: venceu as duas seguintes com inteligência e coração. Resultado? Campeã regional.

Na divisão dos 55 a 60 kg, Gustavo fez parecer fácil. Duas lutas. Duas vitórias convincentes. Ouro com autoridade.

E o nosso atleta mais pesado da faixa etária, Pedro Anderson, dominou como um verdadeiro general. Venceu com superioridade técnica e física. Ninguém segurou. Mais um ouro pra conta.

Porém, toda grande história também se constrói com dias difíceis, e por isso também é preciso falar deles: Maya, Thaylene, Miguel Silva e Sizelina. Eles subiram ao tatame com coragem, entregaram o coração em cada movimento, mas naquele dia, o brilho da vitória não veio. Às vezes, é o dia do adversário. Às vezes, é o destino ensinando com quedas o que a medalha não pode ensinar.

Thaylene, inclusive, enfrentou uma chave tão equilibrada que precisou ser refeita por empate geral, e mesmo assim, voltou pra luta com a cabeça erguida. Porque quem pisa no tatame com honra, já sai vencedor.

Mas a jornada não termina nos que lutaram. Alguns guerreiros e guerreiras não tiveram adversários em suas chaves, e mesmo assim, estavam prontos. Treinados. Focados. Esses também garantiram suas vagas com dignidade:

Aghata, Tiago André, Edenilson, Lorenzo, Arícia, Pedro Henrique e Rayalla; nomes que não precisaram lutar nesse dia, mas que seguem firmes na missão. Porque coragem também é estar pronto, mesmo quando não se sabe se vai lutar.

Exu foi passagem, foi prova, foi conquista.

Agora, o olhar se volta para Recife.

Que os ventos levem os nomes desses jovens adiante.

E que os tatames se preparem... porque Bodocó vem forte.

 

 
 
 

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